O dólar operava abaixo de R$ 5,80 no final da manhã desta segunda-feira, 4, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que as medidas fiscais do governo Lula estão avançadas e que ele se reunirá com o presidente ainda hoje para tratar do tema. Às 11h39, o dólar à vista recuava 1,49%, cotado a R$ 5,7822, próximo à mínima do dia, enquanto o contrato de dólar futuro na B3 caía 1,43%, para R$ 5,8080.
Após fechar a sexta-feira no maior valor desde maio de 2020, a moeda norte-americana iniciou a segunda-feira em baixa em relação ao real, com investidores atentos às conversas em Brasília, na expectativa de novos anúncios fiscais. No domingo, o Ministério da Fazenda informou que Haddad cancelou uma viagem à Europa a pedido do presidente, para focar em temas domésticos, com o mercado aguardando medidas de controle de despesas prometidas após as eleições municipais.
O cenário internacional também favorecia o real, com o dólar em queda frente a outras moedas e os rendimentos dos Treasuries em baixa. Às 11h36, o índice do dólar, que mede o desempenho da moeda norte-americana em relação a seis divisas, caía 0,24%, a 103,690, enquanto o mercado externo acompanhava de perto a eleição presidencial nos EUA, marcada para terça-feira.
Além disso, o relatório Focus do Banco Central mostrou revisão das projeções para o dólar no final de 2024, subindo de R$ 5,45 para R$ 5,50, enquanto a estimativa de inflação para este ano aumentou de 4,55% para 4,59%, e para o próximo ano passou de 4,00% para 4,03%, ambas acima da meta de 3%.